quinta-feira, 9 de julho de 2009


Tribo Waconã Xucuri Kariri - Serra do Capela - Palmeira dos Índios - Alagoas

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Comentando sobre..

Uma boa ideia
By José Saramago

Talvez não seja mais que uma gota de água doce caindo no amargo oceano do cepticismo e da indiferença, mas creio que deveríamos alegrar-nos por uma boa ideia agora posta em marcha em Espanha, na província de Granada, a qual consistirá em celebrar, anualmente, a entrada na maioridade, não apenas administrativa, mas também cívica dos jovens que cumprirão 18 anos. A cada um deles será entregue a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Constituição Espanhola e o Estatuto de Autonomia de Andaluzia. Haverá, claro está, outros actos celebratórios, mais lúdicos, de menor teor de solenidade, mas, como as coisas sérias só seriamente deverão ser tratadas, diga-se que apetrechar os onze mil jovens que se calcula irão dar, de cada vez, o passo em frente que os vai fazer entrar num tempo diferente, o da responsabilização da civilidade, apetrechá-los, digo, com essas três peças fundamentais não poderá deixar de contribuir para uma formação mais sólida, mais consciente, dos novos cidadãos. A ideia é boa e oxalá se generalize. Fazer dela uma festa cívica colectiva irá necessitar muita criatividade e empenho, mas esses, certamente, não faltarão.

A gota de água doce a que me referi no princípio não caiu no mar salgado, mas na minha mão. Sorvi-a como se matasse uma sede nestes dias em que a frustração caiu sobre muitos de nós, vendo como se estão alegrando as forças políticas europeias de direita e de extrema-direita. A democracia ainda não está em perigo, mas é de nós que depende impedir que tal aconteça. Granada está no bom caminho.



Julhinho me passou o link desse texto, do blog http://caderno.josesaramago.org/, que eu recomendo. E eu resolvi postar aqui, pelo fato de ter ficado encantada com a idéia dada por Saramago. Seria incrível se isso realmente acontece. Assim, não sei se seria efetivo, porque vejo que a maioria dos jovens de hoje chegam aos 18 anos alienados de fomra que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Constituição Brasileira, seria mais um um livro que eles colocariam na estante e nunca abririam. Entretanto, acho válida a forma de abordagem. É preciso que se faça algo, pois esse algo pode não ser efetivo agora, mas com o tempo isso pode ser reconhecido. Além do mais, existe aquela parcela dos jovens conscientes que pode, aos poucos, contaminar os demais. E aí sim, teríamos 'uma formação mais sólida' como ele diz no texto, tendo em vista que a educação é algo de fundamental importância para melhorarmos um pouco a vida no nosso país. É isso.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Autorretrato


Depois de concluir os trabalhos em mais uma comunidade, resolvi conversar aqui sobre o Projeto Autorretrato. A definição do mesmo se encontra no blog com link ao lado.


Então, depois de montar a exposição na comunidade quilombola Jussarinha, em Santana do Mundaú, fico ainda mais feliz com o trabalho que estamos fazendo. É um aprendizado a cada viagem, seja dentro do carro no papo animado com os colegas, seja no trabalho com as crianças.


Ah.. as crianças. Estas são as estrelas do projeto. Com uma facilidade incrível elas utilizam as cameras digitais. Depois de um tempo fazendo fotos, algumas já faziam vídeos. Eu não imaginava que elas tivessem essa facilidade, sério mesmo. É fácil manusear uma câmera, eu sei, mas para crianças que nunca ou pouco tiveram contato com a tecnologia fica um pouco mais complicado. Nós nascemos junto com a tecnologia. Aos seis anos eu já tinha computador em casa. E a maioria das crianças que nós trabalhamos vivem a margem do mundo digital, da internet. Nesta última comunidade isso foi visto com mais intensidade.


Outra coisa que me chamou atenção foi a curiosidade dos adultos da comunidade com aquele trabalho, com as câmeras. Em Barra Grande, tivemos uma professora que acompanhou de perto o todo o nosso trabalho com as crianças e ela sempre estava muito interessada, querendo saber como usar a câmera. Além disso, ela ajudava as crianças a visualizar imagens pra foto, etc. Em Jussarinha, houve a mesma empolgação de alguns adultos. Primeiro quando começamos os trabalhos, depois com a exposição pronta.


Então, posso dizer que é muito feliz participar de um projeto desse tipo. Poder fazer algo por comunidades carentes é muito gratificante, ainda mais quando se trata de fotografia, de cultura. Feliz também porque aprendo a cada viagem, conheço lugares, pessoas. E é no sorriso de cada criança que somos recompensados.


Foto: Em Jussarinha. Por mim

domingo, 31 de maio de 2009

Pra começar

De início, quero tratar de uma música que tenho escutado muito esses dias, 'Ponto de interrogação' cantada por Gonzaguinha e creio que a composição seja dele. Ele fala, na música, da rotina em que cai todo relacionamento quando o casal já se trata de forma fria e o amor vira algo automático.

Ele diz: 'E se ela deseja e você não deseja/Você nega, alega cansaço ou vira de lado' e eu pergunto: seria coisa normal ou falta interesse do casal da coisa ser intensa durante toda vida juntos? Eu digo que não é falta de interesse. Sem experiência nenhuma em casamento, eu ouso achar que é normal que se caia na rotina, que todos tenham aquele momento em que não se dá o valor necessário pra quem tá do seu lado, que pouco importa se o que outro deseja. Digo que a rotina seja inevitável quando se convive com a mesma pessoa durante anos, na mesma casa, durmindo na mesma cama. Um casal é formado por pessoas de realidades diferentes, cada um teve uma educação distinta e, diante disso, a convivência nem sempre é fácil. Acho que nunca é fácil. Podemos dizer que anormal seria um casamento perfeito, sem brigas e sem rotina? Não seria anormal, mas seria, no minímo, esquisito! Se alguém conhece avisa, esse casal precisa ser estudado! :x

Em outro momento da música, Gonzaguinha diz: 'Pois com a outra você faz de tudo/Lembrando daquela tão santa/Que é dona do teu coração'. É.. será que dá pra conviver com alguém que tenha aventuras fora de casa? Eu não acredito. Os mais velhos dizem que a mulher deve respeito ao marido e por isso deve aceitar esse tipo de situação. Os mais novos afirmam que o homem necessita experimentar coisas novas, que é da natureza do homem tais aventuras. Será?